Com certeza, você já ouviu alguém dizer “Fulano deu o golpe do baú” ou mesmo “ela passou a noite segurando vela para o casal”. Essas expressões não parecem ter muito sentido quando paramos e analisamos, não é mesmo? Pois bem, quando essas frases nasceram, lá no século 19, elas faziam todo o senso para quem as usava.
Durante o século 19, era bastante comum que as pessoas guardassem em casa pertences de valores, como joias, dinheiro, objetos de ouro ou prata. Como segurança, muitas vezes, esses eram trancados em baús. Estes eram colocados aos pés da cama de seu dono, evitando assim que qualquer outra pessoa tivesse fácil acesso a ele. Bem, quando um jovem fazia um belo casamento (entenda-se aqui com uma jovem rica), ele recebia da família da moça um grande dote, o qual era retirado desse baú. Portanto, o sogro precisava abrir o “cofre” e pagar ao noivo, nascendo daí a expressão “golpe do baú”.
Ainda no século 19, quando um casal ficava noivo, era permitido que conversassem sentados lado a lado em uma espécie de poltrona apelidada de namoradeira. Contudo, eles não ficavam sozinhos, fosse na sala ou na varanda, eram sempre vigiados por uma irmã, uma tia, uma mucama ou mesmo a mãe da jovem. Como não havia energia elétrica ainda, se o dia estivesse escuro ou a visita fosse ao entardecer, a acompanhante segurava uma vela para iluminar os noivos. Entendeu? A pessoa segurava a vela (literalmente!) para o casal.
E aí, essas expressões fizeram mais sentido agora?
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